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Você conhece a história do Rock in Rio, o maior festival de música do mundo?

Você conhece a história do Rock in Rio, um dos maiores festivais do mundo?

A história do Rock in Rio está recheada de momentos catedrais da música. Gerações passaram pelo festival, que se aproxima da casa dos 30 anos de sucesso.

Um grande show de rock é talvez uma das experiências mais potentes e sensíveis que uma pessoa pode viver. Foi sob esse sentimento que a Cidade do Rock foi construída e desenvolvida ao longo das décadas.

Luiz Telles é o grande líder do NOW, a operação de conteúdo real time que estará no Rock in Rio 2022, produzindo material para marcas presentes com ativações no evento. 

NOW surgiu do sucesso, justamente, da cobertura de um Rock in Rio, na edição de 2017. O objetivo do projeto é trabalhar com conteudistas in loco, para suprir a demanda de marcas que precisam contar histórias dinâmicas em contextos específicos, como no Rock in Rio.

A equipe do NOW realiza a integração de diversas fontes de dados, imprimindo inteligência à operação, e amplia as conversas nas redes, trazendo insights de negócio e comunicação real time. Enquanto rola o Rock in Rio, existe monitoramento.

A inteligência é agregada à estratégia de mídia das marcas. Com isso, para exemplificar, é possível acompanhar em tempo real quais os assuntos são mais quentes, qual público está mais engajado e quais os formatos que estão melhor performando nas diferentes plataformas sociais.

Os dados direcionam interações e indicam oportunidades e tendências. Ouvir e participar dessas conversas é uma demanda da adaptabilidade imperativa do nosso mercado, agregando mais adequação, eficiência e otimização.

Diretor de Storytelling e Inovação da Artplan, Fundador e Chief Story Officer do A-Lab, responsável pelas redes sociais do Itaú, Burger King e Uber, Telles sabe da responsabilidade de comandar um evento com essa chancela.

Já comandou outras operações de RIR, inclusive o Rock in Rio Lisboa, e traz um repertório gigantesco nas costas para comunicar um dos maiores festivais de música do mundo

Luiz Telles veio ao FS Cast, em um papo com André Barros e Rafael Capelli. Você pode assistir aos insights desse papo na íntegra através deste link e complementar sua experiência de leitura:

A história do Rock in Rio

Rock in Rio começa sua história na Cidade Maravilhosa, que a partir dali ganha a alcunha de Cidade do Rock. O ano era 1985 e o lugar escolhido foi Jacarepaguá. 

Contava com o maior espaço de festival do mundo construído até então: 5 mil metros quadrados de área, além de dois shopping centers com 50 lojas, dois centros de atendimento médico e uma grande infraestrutura para atender a quase 1,5 milhão de pessoas.

O evento marca o começo das turnês das grandes bandas para a América do Sul. Mudou totalmente o paradigma de como a indústria passou a distribuir seus shows. Viram por aqui um público ensandecido e apaixonado. A performance de “Love of my Life”, do Queen, é uma daquelas catedrais do rock.

O sucesso rendeu uma segunda edição em 1991, no Maracanã. A Cidade do Rock, construída em 1985, fora demolida por decreto estadual. No começo de uma nova década, as referências eram outras. A atração mais esperada era Guns N’ Roses, sucesso absoluto e respiro ao rock’n roll nos anos 1980. 

A chegada dos artistas ao país para o Rock in Rio é o registro da formação icônica com Axl Rose no vocal, Slash na guitarra, Dizzy Reed no teclado e Matt Sorum na bateria. A apresentação, outra daquelas que marcam a história do festival.

Saltam 10 anos e chegamos à terceira edição do RIR. Para o evento, os organizadores decidiram construir uma nova Cidade do Rock, no mesmo local onde fora a primeira, com a inédita capacidade de 250 mil espectadores circulando no evento por dia, além de palcos alternativos ao principal. 

Havia palcos de música eletrônica, música nacional, música africana e música internacional. O evento recebeu o slogan de “Por Um Mundo Melhor“. Vivia o contexto da virada do milênio.

O Rock in Rio atravessou as fronteiras da Cidade Maravilhosa em 2004, com a primeira edição do Rock in Rio Lisboa, em Portugal. A organização do festival foi similar à edição de 2001, com a Cidade do Rock fervendo música entre seus palcos alternativos e principais.

Entre os mais de 70 artistas ao longo dos 5 dias de festival, o mesmo foi um sucesso, registrando mais de 385 mil espectadores naquela edição de estreia. Não demorou muito para uma segunda edição: logo dois anos depois.

O Rock in Rio também desembarcou em solo espanhol em 2008, em Arganda del Rey, Madrid. O Rock in Rio Madrid criou o conceito do Palco Sunset Rock in Rio, dedicado a apresentações de artistas e bandas tocando juntas, tradição que perdura até hoje. 

Em 2011, 10 anos depois da terceira edição realizada no Brasil, o evento voltou ao Rio de Janeiro. A prefeitura da cidade construiu uma nova Cidade do Rock permanente, que passou a permitir uma maior periodicidade do evento. Aconteceram edições em 2011, 2013, 2017 e 2019.

Em 2015, o Rock in Rio ainda realizou uma edição nos Estados Unidos. Foram feitos quatro dias de festival e cerca de 170 mil pessoas compareceram ao evento, que ocorreu na cidade de Las Vegas. 

Ao longo da sua história, o Rock in Rio teve 21 edições, oito no Brasil, nove em Portugal, três na Espanha e uma nos Estados Unidos. 

Os maiores shows da história do Rock in Rio

O festival é a gasolina, o fogo são os artistas. No que cabe à organização do evento propiciar o melhor ambiente possível para sua audiência ter uma experiência do cliente impecável, cabe aos artistas gerarem os valores intangíveis, da memória afetiva, da experiência inesquecível. 

O Rock in Rio sempre soube misturar esses dois elementos da fórmula. Um evento que nunca pecou em infraestrutura e sempre entregou apresentações emblemáticas. Shows que ecoaram através do tempo, marcando gerações que continuam rememorando e se emocionando de uma experiência irreversível. Vivida, cravada.

Separamos 4 dos maiores shows que aconteceram ao longo da história do Rock in Rio. Confira!

Queen – 1985

Ninguém marcou a primeira edição do Rock in Rio tanto quanto o Queen. A banda inglesa tocou duas noites e fez história com a performance quase à capela de “Love Of My Life”, embalada pelo coro brasileiro. 

A recepção do público ficou marcada para o grupo, que até hoje considera a performance um dos melhores momentos de sua carreira. Como foi dito, o primeiro Rock in Rio foi um marco para a entrada das grandes bandas na América do Sul.

Essa apresentação choca não só o público, como os músicos. A partir dali, tudo muda, e quando a própria banda é unidade de medida dessa mudança, é para levar em consideração. Uma das maiores vozes da música, entregando uma das mais irreverentes apresentações em nossas terras. 

Guns N’ Roses, 1991

Em 1991, o Guns N’ Roses trazia uma apresentação que marcava a estreia do tecladista Dizzy Reed e do baterista Matt Sorum, além de um repertório recheado de músicas inéditas, como “Civil War” e “You Could Be Mine”. 

Em sua autointitulada biografia, Slash relembra o show de 91: “Acho que nunca tinha visto um público tão enlouquecido pelo Guns N’ Roses”. Era a banda do momento, os frontliners que rasgaram o palco principal do Rock in Rio. 

Embora a banda trouxe muitos dos hits que sairiam nos discos seguintes, os clássicos entoaram por todas as cordilheiras do Rio de Janeiro. “Sweet Child O’Mine” é daquelas apresentações que respaldam as palavras de Slash.

Stevie Wonder, 2011

Rock in Rio, ao longo do tempo, foi perdendo a veia do Rock e a geografia do Rio de Janeiro. Virou mais um conceito de festival de música do que rock’n roll no Rio. Em 2011, entretanto, o gênero soul, regido pelo mestre Stevie Wonder, trouxe a alma que sempre fora característica do evento.

O artista foi ovacionado assim que subiu no palco e fez um show de quase duas horas. O músico cantou clássicos como “You are the Sunshine of my Life”, “Superstition” e “I Just Called to Say I Love You”, mas conquistou o público de vez ao cantar “The Girl From Ipanema” e “Você Abusou”. Um prato cheio aos fãs do músico.

Mostra a polivalência e o brio de Stevie Wonder, que agregou tribos e entregou um dos shows mais emblemáticos da história do Rock in Rio.

Beyoncé, 2013

Beyoncé pisou entre os mortais no Rock in Rio 2013.

Coreografias, projeções em alta definição e muitos figurinos. “Run The World” abriu sua apresentação para derrubar as estruturas da Cidade do Rock, mas encerrou de forma arrebatadora com funk: dançou “Lek Lek” e tirou onda com toda a pose de rainha que ostenta.

O show de Beyoncé mostrou o poder perene que o Rock in Rio sempre possuiu para trazer as grandes estrelas mundiais. Desde Queen, em 1985, até Beyoncé, em 2013, para desfilar em terras tupiniquins. O povo agradece.

O que aprender sobre planejamento estratégico com o Rock in Rio?

O Rock in Rio tem o triunfo da fórmula perene. Pelo menos até agora. Recentemente saiu o documentário “Trainwreck: Woodstock ‘99”, que conta sobre o desastre da edição de 1999 do Woodstock. Que mostra o cansaço de uma fórmula legada e perdida em um tempo que já não existia mais. 

O RIR mostra exatamente o contrário disso. Mostra força de marca e se mostra atento em entregar uma experiência de usuário incrível. O que é de fato planejamento estratégico? Cara, é simples o conceito: é analisar um contexto, colocar dentro de um processo sistemático, para encontrar os caminhos para atingir um objetivo para o seu negócio. 

É estratégia. Você larga aquele discurso do “eu acho que”. Não, você tem “base que”. 

É, no coração e na ideia principal, gerenciar processos, as engrenagens que fazem o motor da sua empresa funcionar. São esses que garantem um certo nível de padrão na repetição. Cartilha de qualidade e possibilidade de escalar.

É também uma questão que está ligada aos valores. Você inserir essas engrenagens e diretrizes dentro de uma ideologia de trabalho, que todos comprem a ideia. Que todos estejam alinhados com o direcionamento de negócio e que remem o barco na mesma direção, independente das intempéries do tempo.

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