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Quem é Jeff Bezos, o homem por trás do império Amazon?

Quem é Jeff Bezos, o homem por trás do império Amazon?

Sumário

Em 2020, a Amazon se juntou ao time das big techs avaliadas em mais de US $1 trilhão. O homem por trás da maior varejista do mundo possui um patrimônio líquido de mais de US$ 185 bilhões, segundo levantamento de 2022 da Forbes, o que o coloca na lista dos mais ricos do mundo. Mas afinal, quem é Jeff Bezos? 

“Tínhamos três grandes ideias na Amazon. Estas foram colocadas em prática nos últimos 18 anos, e são a razão pela qual somos tão bem-sucedidos: coloque o cliente em primeiro lugar. Inove. E seja paciente.”

Fundador e presidente executivo do império do varejo, discorrer sobre Bezos é passar pela história de um pioneiro que sempre trabalhou por três claras premissas desde o começo: inovar, colocar o cliente no centro do processo e ter muita paciência. O combo desses valores se tornou explosivo e criou uma das grandes mentes de nossa era.

Idealizou a Amazon.com em 1994, que só veio a se tornar lucrativa em 2001. 

Segundo o Statista, cinco anos depois, já faturava quase US$ 6 bilhões. 10 anos depois, em 2016, esse número quase alcançava a casa dos US$ 100 bilhões. Em 2021, último ano fiscal completo registrado, a gigante de tecnologia registrou um faturamento de mais de US$ 680 bilhões. O crescimento é vertiginoso.

Jeff Bezos também é proprietário do The Washington Post e fundador da empresa de exploração espacial Blue Origin. Um incansável nato.

Quem é Jeff Bezos?

Jeff Bezos nasceu em 1964, em Albuquerque, no Novo México. Filho de uma breve união entre Jacklyn Gise Jorgensen e Ted Jorgensen, Jeff viveu sob a tutela de Mike Bezos. Jacklyn e Mike casaram-se quando o menino ainda tinha 4 anos. Viveu toda a vida com o padrasto, por isso carrega o sobrenome Bezos.

Mostrava desde cedo um interesse específico em como as coisas funcionavam. A garagem da casa de seus pais era um laboratório, o qual durante toda sua infância foi refúgio para suas montagens e invenções.

Foi já durante o ensino médio que Jeff começou seu primeiro negócio, o Dream Institute, um acampamento de verão educacional para alunos do fundamental de escolas. Bezos acabara se graduando pela Universidade de Princeton, em 1986, nos cursos de Ciência da Computação e Engenharia Elétrica.

Sua engenhosidade logo foi notada. Encontrou trabalho em várias empresas de Wall Street, as quais se destacou na financeira DE Shaw. Quatro anos depois de formado, em 1990, Bezos tornou-se o vice-presidente mais jovem da DE Shaw. 

Tudo parecia correr para um roteiro formatado, com uma carreira lucrativa em Wall Street, mas Jeff Bezos sempre fora um inquieto. Largou o cargo, em 1994, e decidiu se aventurar pelo potencial inexplorado do incipiente mercado da Internet.

O caminho que encontrou foi abrir uma livraria online. Nos meses que antecederam o lançamento da então Amazon.com, Bezos e alguns funcionários começaram a desenvolver o software de varejo eletrônico em sua garagem.

Sem promoção na imprensa, a Amazon.com vendeu livros nos Estados Unidos e em 45 países estrangeiros em 30 dias. Em dois meses, as vendas chegaram a US$ 20 mil por semana, crescendo mais rápido do que Bezos e sua equipe haviam imaginado.

De livraria online à maior varejista do mundo

A Amazon cresceu rápido. Um ano depois da força tarefa para escrever os códigos do software da Amazon.com, em 1995, Bezos já conseguiu captar US$ 8 milhões em investimentos. Abriu capital dois anos depois, em 1997.

Mas lucro, mesmo, Bezos só veio sentir o cheiro em 2001, depois de muita porrada de investidores, que diziam que o seu modelo de negócio iria, eventualmente, quebrar. O contexto era da bolha das pontocom. A internet era promissora, mas terreno desconhecido.

Bezos começou com livros – e explica o porquê:

“Eu escolhi livros porque havia mais itens na categoria de livros do que em qualquer outra categoria, além do fato de poder construir uma seleção universal. Eram 3 milhões de livros em 1994 quando eu estava construindo a ideia da empresa, 3 milhões de livros sendo impressos regularmente, uma enorme diferença para as maiores livrarias que tinham cerca de 150.000”

Apesar disso, sempre teve uma visão que a Amazon se transformaria em um lugar onde as pessoas pudessem encontrar o que quisessem. Esse objetivo seria alcançado através da tecnologia; a Amazon seria essencialmente uma empresa de tecnologia. 

Tudo isso se reverteria em um grande benefício para seus clientes: conveniência. As pessoas poderiam agora realizar suas compras online e tê-las entregues em suas portas. Ao longo do tempo, a Amazon buscou incansavelmente diminuir a duração desse tempo de entrega, para mais conveniência ainda.

Em 1996, a empresa inaugurou seu primeiro centro de distribuição. Quatro anos depois, em 2000, começou a permitir que terceiros pagassem para listar seus produtos e estocá-los em seus depósitos. Foi galgando seus passos rumo à diversificação. Hoje, em 2022, seu marketplace está em 18 países e oferece mais de 350 milhões de produtos.

Além de oferecer tudo que pudesse ser vendido em um mesmo ambiente online, a Amazon foi também expandindo o seu portfólio de serviços, com o serviço de assinatura Amazon Prime, em 2005, o Kindle e a Amazon Logistics, em 2007, a Alexa e Amazon Echo, em 2015, e a Amazon Web Services, em 2016. 

Atualmente, a Amazon possui um ecossistema onde cada elemento de sua cadeia de valor consegue se conectar. 

Expansão do portfólio de Jeff Bezos 

Jeff Bezos, se interessou pelo espaço desde cedo. 

Em uma entrevista para o Miami Herald, em 1982, Bezos, que à época tinha apenas 18 anos, disse que queria “construir hotéis espaciais, parques de diversões e colônias”. Em 1999, depois de assistir ao filme October Sky, o homem discutiu sobre a construção de uma empresa espacial com o autor de ficção científica Neal Stephenson. 

A Blue Origin foi fundada em 2000, em Kent, Washington, e começou a desenvolver sistemas de propulsão de foguetes e veículos de lançamento. Desde a fundação, a empresa sempre fora bastante sigilosa sobre seus planos. Foi a partir de 2015 que isso mudou: Jeff Bezos tinha uma missão: criar uma nave espacial de decolagem e pouso vertical reutilizável. 

Em julho de 2013, a empresa empregava aproximadamente 250 pessoas.  Em maio de 2015, a empresa havia crescido para aproximadamente 400 funcionários, com 350 deles trabalhando em engenharia, fabricação e operações comerciais. Em abril de 2019, já eram mais de 2 mil funcionários operando a Blue.

Em 2021, a Blue Origin realizou seu primeiro voo espacial, com uma tripulação de 4 pessoas a bordo do foguete New Shepard. O voo não chegou a levar 11 minutos para concluir com êxito o primeiro voo tripulado ao espaço, na primeira incursão do chamado turismo espacial.

Jeff Bezos levou contigo seu irmão Mark, a pioneira Wally Funk e o jovem Oliver Daemen.

Outra investida bem sucedida de Bezos foi no mercado editorial. Em 5 de agosto de 2013, o bilionário ganhou manchetes em todo o mundo quando comprou o The Washington Post e outras publicações afiliadas à sua controladora, The Washington Post Co., por US$ 250 milhões. 

O acordo marcou o fim da gestão de quatro gerações pela família Graham.

Em pouco tempo, Bezos contratou centenas de repórteres e editores e triplicou a equipe de tecnologia do jornal. Em 2017, o The Washington Post gerou uma receita publicitária de mais de US$ 100 milhões. Dois anos depois já havia ultrapassado o digital do New York Times em usuários únicos, com 86,4 milhões.

O que podemos aprender com Jeff Bezos

“Dentro da Amazon, nosso sucesso é relativo a quantos experimentos nós podemos realizar a cada ano, a cada mês, a cada semana, a cada dia”

Experimentos são a principal fonte de ideias e inovação dentro da empresa. Tem tudo a ver com aceitar o fracasso.

O ponto central aqui é entender que falhas, erros de continuidade no meio do percurso, são totalmente inerentes ao processo de amadurecimento. Seja ele de um negócio, pessoal, de um desafio específico. Vai acontecer.

Mas você não pode morrer abraçado nas suas convicções em um mundo que sabemos que nosso tempo é finito. Falhar não é sinônimo de não tentar.

Falhar está totalmente ligado a tentar e corrigir rota. Por isso falhe, mas falhe rápido. Porque é com um volume grande de tentativas que a gente vai adquirindo o repertório necessário para aprender uma coisa e outra ali. A não cair nas mesmas armadilhas.

Não é sobre isso. É sobre se abrir para a possibilidade, porque ela é um ato de coragem. Atos de coragem tendem a atrair oportunidades e coisas boas. Mas lidar com a rejeição é também um processo que está intrínseco ao se expor.

Por isso que é tão importante tentar desmistificar a falha, o fracasso. Vai doer, não tire isso do jogo. E cada um tem seu tempo para processar o que isso significa. Nada mais justo. 

Mas é uma questão de perspectiva: ou você entende que você deu uma tacada errada e que tudo está perdido, ou você entende que você deu sim também uma tacada errada e agora sabe por onde não errar mais.

De todo fracasso ou conquista vem um aprendizado. Da conquista, os grandes nomes do esporte, como Michael Jordan e Pelé, dizem que é o alívio. Do fracasso, a capacidade da mutação, da reflexão interna, de se olhar um pouco mais analiticamente – hábito que as pessoas deveriam praticar mais.

Rupturas são importantes na vida. Talvez não sejam o que queremos, mas elas sempre nos levam para um novo lugar. E novos lugares sempre são uma oportunidade de fazer as coisas diferentes. Inclusive de pedir ajuda de novo e não ter que lidar com a rejeição. Ouse. Vença a desconfiança.

Você deve entender que você não precisa sofrer nem sobreviver e, sim, tem o direito à escolha, direito a escolher uma maneira de viver bem primeiramente consigo, com seus limites, com seu tempo, com o que realmente importa para você e com pessoas ao seu redor dispostas a cobrirem tua retaguarda quando for preciso.

Falhas, erros de continuidade no meio do percurso, são totalmente inerentes ao processo de amadurecimento. Seja ele de um negócio, pessoal, de um desafio específico. Vai acontecer. Mas você não pode morrer abraçado nas suas convicções em um mundo que sabemos que nosso tempo é finito. Falhar não é sinônimo de não tentar.

Falhar está totalmente ligado a tentar e corrigir rota. Por isso falhe, mas falhe rápido. Porque é com um volume grande de tentativas que a gente vai adquirindo o repertório necessário para aprender uma coisa e outra ali. A resolver problemas. A não cair nas mesmas armadilhas.

Pense em alto volume. Tenha bastante ideias e bote na rua. É dessa parte do processo criativo para resolução de problemas que você não deve ter medo. De tentar, de assumir riscos. Hoje em dia, diversas empresas conduzem testes A/B, porém, no caso da Amazon, são mais de 10.000 testes conduzidos anualmente.

Dentro da mesma nuvem de palavras, não tem sonho grande, nem qualquer resolução que você tenha que percorrer para atingir esse objetivo, que se sustente sem ousadia para bancar assumir riscos, porque apostar no incerto pode te trazer o fracasso ou a conquista.

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