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Como fazer networking, conexões que podem mudar o rumo da sua vida?

Sumário

Empreender não é para qualquer um, mas uma vez dentro desse caminho, alguns macetes podem ajudar a torná-lo bem menos complicado. Um deles é a importância de investir tempo criando uma rede de contatos, também conhecida como networking. Essa atividade pode acelerar o crescimento de um negócio, por exemplo, ao prevenir um empreendedor de cometer os mesmos erros que os outros já fizeram. Mas sua importância não se resume a isso…

O networking é essencial por expandir as oportunidades de um negócio e, na jornada do empreendedor, isso pode significar ter muito mais chances de sucesso do que sozinho. Em poucas palavras, essa atividade trata de uma grande troca entre os envolvidos, mas atenção: não é qualquer uma! Por ter uma origem profissional, é muito importante que essa troca seja muito enriquecedora para todo mundo, favorecendo tanto em termos de contatos, como de conhecimento ou mentorias, entre outros.

É a partir da aproximação a outros empreendedores que estão ou no mesmo estágio ou em um mais avançado da jornada do empreendedor que podem ocorrer aprendizados muito grandes. Afinal, por meio de conversas sobre experiências e até falhas ao longo do caminho, é possível evitar cometer erros similares e entender estratégias que funcionam melhor que outras. Resumindo, é quase como cortar o caminho.

No entanto, durante esse caminho há ainda mais vantagens. Enquanto o networking expande, o capital social do empreendedor também aumenta. Isso significa que além de suas experiências profissionais, ele se torna cada vez mais um contato interessante e requisitado por ter uma rede influente. Mas para chegar a esse nível é importante levar o networking a sério e fazer um verdadeiro plano de ação!

Muito se fala sobre fazer network, mas pouco sobre como se faz. E mais importante: o que não se deve fazer. Se o termo é novidade para você, saiba que fazer network é equivalente a fazer uma rede de contatos e relacionamentos. Quando falamos de networking para negócios, trata-se de se aproximar das pessoas certas como uma forma de aprender com elas e também de abrir oportunidades futuras para o seu negócio.

Primeiro passo do networking: entender o que quer

Apesar de algumas pessoas acharem que fazer networking é só sair conversando por aí, a atividade na realidade demanda muita estratégia. Antes de se preocupar em gastar ou não tempo com contatos que não são úteis, primeiro é preciso saber o que quer desses relacionamentos.

Pode ser que você precise de contatos que sejam especialistas em marketing, para ter dicas de como desenvolver melhor essa área na sua empresa. Ou que procure por empreendedores que já escalaram o próprio negócio e possam compartilhar os aprendizados da jornada. 

Talvez o seu negócio precise de investimento e um investidor ou contato da área cairia como uma luva. Basicamente, existem inúmeras possibilidades, mas é preciso definir as suas necessidades de acordo com as estratégias definidas pela sua empresa e priorizá-las antes de fazer contato com quem interessar.

Uma vez decidido, não espere o contato cair do céu: é hora de partir para o ataque.

Como fazer networking efetivamente?

Fazer um bom networking é uma atividade que conta com muita estratégia e planejamento. Não é só se aproximar de profissionais da área e começar a puxar papo que está garantido. Até porque nem todo mundo vai ser interessante para você, mas para entender melhor, vamos ao primeiro passo!

Tenha um objetivo

Antes de agir, é recomendado entender qual o momento do seu negócio e como ele e você podem se beneficiar de algumas mentorias. Se estiver no início da jornada do empreendedor, talvez existam dúvidas sobre as melhores formas de lançar um produto no mercado ou fazer o teste de MVP, por exemplo. Nesse caso, é interessante focar em profissionais com negócios que já passaram dessa fase e que poderiam preencher essas lacunas. O mesmo vale para se houver dúvidas em relação ao mercado, a público, a investimentos, entre outros – o importante é entender as suas maiores fraquezas e procurar quem possa fortalecê-las.

Uma vez mapeados os pontos de melhora, é interessante pesquisar sobre profissionais que são referência no setor. É muito provável que eles sejam de difícil acesso, mas pode ser que você tenha um conhecido em comum que possa lhe apresentar ou que ele esteja confirmada em algum evento da área que você também vai. Aqui é importante tomar cuidado para não ser invasivo, mas vamos falar mais profundamente de como entrar em contato mais adiante.

Apesar de ser muito importante ter contatos de referência no planejamento, isso não significa descartar eventuais conhecidos que possam surgir. Além das grandes referências serem de difícil acesso, outros profissionais desconhecidos também podem acrescentar muito à jornada do empreendedor. No entanto, é preciso ficar atento ao quanto eles têm a oferecer, pois se não for significativo é melhor nem gastar seu tempo. Pode parecer cruel, mas fazer networking demanda muito tempo e o ideal é que ele seja gasto com quem pode ajudar de alguma forma.

No geral, tudo é uma questão de planejamento e pesquisa, mas é preciso tomar cuidado com uma coisa: ter o que oferecer, tópico que será abordado a seguir.

Tenha o que oferecer

Assim como é preciso ter muito cuidado ao escolher quem merecerá o seu empenho e tempo, os outros profissionais provavelmente serão tão ou mais criteriosos que você. Dessa forma, saiba que ao fazer networking, você está sendo constantemente avaliado e é importante provar que é um bom contato. Aqui diversos fatores podem jogar a seu favor. Se você tem uma carreira em empresas de peso e ao longo dela adquiriu muito conhecimento é algo muito interessante, assim como se você tem uma rede de contatos com referências também, e por aí vai. O importante é mostrar que você não é um contato dispensável, pelo contrário.

Tenha estratégia para ir atrás

A pior coisa que você pode fazer é se aproximar de uma referência da área de uma forma invasiva e correr o risco de se queimar com ela (e consequentemente os contatos dela) para sempre. Portanto, aqui entra mais uma parte bem estratégia do networking, que é exatamente a de como ir atrás de contatos.

A forma mais indicada é ter algum conhecido em comum que possa fazer a introdução. Ela é a melhor maneira de se aproximar exatamente porque conta com uma referência fazendo a intermediação, ou seja, já de cara revela que você tem um bom networking – e que sabe como usá-lo. Dessa forma também é possível pegar algumas dicas sobre esse contato com o conhecido que fará a mediação, o que vai depender muito do seu grau de intimidade com ele e do dele com o contato em questão.

Outra forma muito comum de conseguir acesso a um contato é por meio de eventos, que podem ser tanto sobre empreendedorismo no geral quanto de alguma área específica. Nos intervalos ou na hora do almoço, estude se há alguma forma de puxar papo e se apresentar para o profissional. Se tiver sucesso, tente aprofundar a conversa para falar dos negócios e provar o seu valor como contato para ele.

Outra maneira que tem se tornado cada vez mais comum é por meio das redes sociais, em especial pelo Linkedin. Nessa estratégia é tanto possível se aproximar por um contato em comum quanto diretamente, adicionando e mandando uma mensagem. O diferencial da rede, no entanto, está na possibilidade de poder se projetar escrevendo artigos e interagindo com a comunidade, o que ajuda a criar networking mesmo à distância.

A internet ajuda e muito no processo de criar um networking, mas a questão é: apesar de ser importante ir atrás de quem importa, não adianta ir com muita sede ao pote. Em outras palavras, comece devagar e pelas pessoas que já conhece, trocando ideia sobre o que elas acham do seu negócio e dos próximos passos que pretende dar, por exemplo. Além de aproveitar o feedback, saiba que elas também são porta de entrada para uma rede nova, que pode ser muito valiosa.

Afinal, se você sabe que um dos seus conhecidos, desde ex-colegas de trabalho a ex-chefes, têm um contato que lhe interessa, é muito mais fácil aproximar-se dele, e pedir se ele poderia apresentá-lo do que chegar diretamente na pessoa sem referência nenhuma. É importante entender que independente de ter focado nisso ou não, você já tem uma rede, mas é preciso trabalhá-la e selecionar quem realmente importa.

Lembre-se que fazer network é uma estratégia para escalar seu negócio e é um tipo de trabalho que deve ser levado a sério. Por isso, dedique-se: esteja presente nas redes sociais, interaja com contatos interessantes curtindo e comentando suas postagens e também participando de grupos de profissionais de áreas que lhe interessem.

Seja um bom contato para atrair bons contatos

Criar relacionamentos com outras pessoas é algo que demanda tempo e dedicação. Nesse cenário, a pior coisa que você pode fazer é focar em contatos ruins – pessoas que não acrescentam, limitando-se a absorver o seu conhecimento sem dar algo em troca, ou até profissionais que sejam mal vistos no mercado por alguma questão.

Ao mesmo tempo, ter muitos contatos faz com que você não consiga se dedicar igualmente a todos eles. Por isso, é bom selecionar os que são mais enriquecedores, ou seja, profissionais que tenham objetivos semelhantes, com influência e conhecimento do mercado e os quais você também consiga ajudar com a sua expertise.

Falando no que você pode oferecer, essa também é uma parte relevante do network, afinal é a sua moeda de troca. Toda experiência profissional é válida, então não descarte todos aprendizados que teve até agora, tanto como empreendedor como antes mesmo disso. Além disso, ser uma pessoa antenada, ligada em tendências e que está sempre estudando o mercado, assim como fazendo cursos, também é alguém com muito para oferecer.

Networking: não tenha medo de pedir ajuda!

Pedir ajuda está muito relacionado ao orgulho. Depender de algo que parta além da sua jurisdição, significa reconhecer limitações. Isso significa aceitar que não temos todas as respostas ou todas as ferramentas em mãos. 

“Somos feitos de carne, mas temos que viver como se fôssemos de ferro”, já diria Freud. Fingir ter uma força além do que é humano é, perdoe-me o trocadilho, ser desumano consigo mesmo. Sem falar das cobranças externas para fingir ser de ferro, o que só piora a saúde mental e física de quem já faz autocobrança em excesso.

Orgulho é uma coisa que muita gente leva como virtude. E precisa ser desfamiliarizado esse conceito. Orgulho é capaz de te catapultar, de te elevar, de te dar confiança. Mas não de morrer convicto das suas velhas opiniões formadas sobre tudo.

Pedir ajuda é um ato de coragem e humildade. Você coloca um voto de confiança em outra pessoa, para te ajudar com uma questão que precisa ser resolvida. Estabelecemos vínculos e quebramos a couraça desse exato orgulho e de um certo toque de arrogância.

Porque ninguém é melhor do que ninguém. Quando há troca envolvida, há honestidade. Há empatia. Conscientize-se de todas as influências que o impedem de pedir ajuda, não alimente o medo e principalmente a desconfiança. Atreva-se e confie mais no que as pessoas podem te oferecer. Nem por um interesse mesmo, mais por ali ter rolado uma química, uma troca sincera.

Você não está só, existe um mar de pessoas ao seu redor na mesma situação. É a situação de se expor e se comunicar que mostra efetivamente onde estão as oportunidades.

De fato, não só uma rede de contatos pode ajudar a alavancar o negócio como também pode ser fundamental no momento da escalada por diversos motivos.

Um deles é pela famosa troca de experiências. Entender com outros empreendedores como foi escalar o negócio, assim como os erros, acertos e imprevistos que surgiram são uma forma de se preparar para o que está por vir. Além disso, cada um tem uma jornada e aprendizados diferentes, o que faz com que quanto mais contatos qualificados – por sinal, lembre-se de selecionar os que realmente agregam a você e seu negócio – mais abrangente será a sua visão sobre como escalar um negócio.

Outro motivo importante para apostar no networking é exatamente por ser uma excelente forma de ir atrás de investidores. Afinal, se lá no planejamento da escalada você identificou que será preciso contar com um dinheiro que não tem e decidiu que investidores são a melhor forma para isso, é hora de mergulhar no networking. Se você já tem contato com algum, ótimo, aborde essa conversa com ele e entenda as possibilidades. Caso contrário, procure referências de investidores que podem acrescentar ao seu negócio, ajudando não só com dinheiro mas também com mentorias. Aqui sempre vale pesquisar se você tem contatos em comum que podem fazer uma introdução sua e do seu negócio, abrindo as portas para essa oportunidade.

Melanie Perkins cruzou ao mundo para estar com quem lhe daria uma oportunidade para criar o Canva

2013, ilhas privadas de Richard Branson, fundador do Grupo Virgin, onde Perkins praticava kitesurf – que detalhe, nem era sua praia. 

A coisa começou a ficar movimentada ao ponto de Melanie acabar à deriva, depois de se machucar nos arrecifes da região. Foram horas e horas para ser resgatada. No que ela foi se meter?

Melanie Perkins, australiana de Perth, que não tinha interesse nenhum por kitesurf, estava no meio das águas do caribe à deriva. Por que ela estava lá? A resposta é porque se ela simplesmente não estivesse, ela estaria do outro lado do mundo.

Distância geográfica de grandes pólos pode se tornar um baita impeditivo para prosperar. Em termos de investimento mesmo. Pensa o que é vender em Perth e o que é vender no Vale do Silício. E Melanie sabia disso. Já tinha recebido muito “não” na vida.

Mas o destino quis que ela atendesse a um encontro de Venture Capitalists, que dividiam um interesse curioso: o kitesurf. O que nos leva de volta à deriva, machucada pelos corais, perdida nas ilhas privadas de Branson. Uma intempérie no meio do caminho? Sim! Mas aquela se tornou a chave para a estratégia de captação do Canva.

Quando Melanie se aventura no kitesurf só para entrar na turma e ver aonde aquilo ia dar, ela manda um sinal para o universo. Interprete da maneira que lhe couber, mas quem se expõe às ocasiões que são propícias para acontecer aquilo que deseja, acaba atraindo. Acontecer é ou não é outra história e não existe absolutamente nenhum argumento tangível que possa derrubar uma decisão intangível. 

Mas estar propenso aumenta a probabilidade de algo acontecer. Nessa lógica, o sucesso é algo que você tem que pegar, que correr atrás. Ele não funciona como uma consequência. Ele funciona como fruto de um trabalho e resistência. Muita resistência. Resiliência também, para usar um outro termo. 

Porque é um enfrentamento diário. Principalmente quando você é mais jovem. Existem estruturas que ainda pesam demais na hora de escolher certas coisas. A geração atual do mercado de trabalho ainda é de certa forma pragmática. Mudou muito o comportamento, mas como age em questão de entendimento de segurança e consistência, ainda é pragmática.

A galera que está entrando já tem outro viés. Bem menos pragmático. Sabe trafegar por diferentes realidades, porque já nasceu conectado a diferentes realidades, à abundância do mundo digital. Navegar pela ousadia e pelo pragmatismo é um grande dilema, pessoal e profissional, de quem foi criado por quem ainda tinha que formar uma opinião em um contexto de contracultura. Ou muito conservador, ou muito libertário.

Esse enfrentamento diário, de pouquinho em pouquinho, todos os dias, é o que te faz pegar o sucesso. O networking nada mais é do que o resultado de atividades bem coordenadas – pessoas combinando suas diversas habilidades e interesses para traduzir ideias criativas em soluções reais. A pessoa bem conectada está sempre observando as coisas e tendo insights. Além, compartilhando. Tais observações são o combustível para explorar ideias e novos parâmetros para executar as coisas.

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