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escalabilidade: como fazer seu negócio crescer

Escalabilidade: como fazer seu negócio crescer

Sumário

Você chegou no momento em que pouquíssimos empreendedores conseguem: a hora de fazer seu negócio crescer. É a hora da escalabilidade. Depois de enfrentar todas as questões de abrir a empresa, fazer a sua gestão e ser bem sucedido em ambas, é preciso pensar adiante.

Como fazer para levar o seu produto para outros mercados? Como fazer o seu negócio crescer? Assim como as primeiras duas, não é uma tarefa simples. É preciso errar para evoluir. Mas errar rápido, para evoluir rápido.

Otimização de processos: o ponto de partida para começar a escalar um negócio

Está pensando em escalar o seu negócio? Assim como abrir e gerir uma empresa, essa é uma etapa que exige muito cuidado e planejamento. Afinal, escalar de forma prematura pode ser fatal. Um estudo realizado pela Kauffman Foundation e a Revista Inc acompanhou várias empresas de cinco a oito anos depois delas aparecerem na lista das 5 mil empresas com crescimento mais rápido nos EUA. O resultado é digno de aviso: dois terços delas ou tinham encolhido de tamanho, saído do negócio ou foram vendidas abaixo do preço de mercado.

As causas para essas escaladas mal sucedidas são variadas, mas geralmente giram em torno de um planejamento ruim, gastos excessivos e várias pontas soltas que não tinham sido ajustadas ou pensadas antes. Para evitar esse cenário é preciso, antes de tudo, saber identificar quaisquer gargalos da empresa e otimizar ao máximo os seus processos. Assim, você pode focar em crescê-la de forma tranquila. Mas o que exatamente são gargalos?

Gargalos: está na hora de escalar a sua empresa?

Gargalos podem ser considerados processos que não estão bem alinhados na sua empresa ou então possíveis impedimentos que podem surgir, atrapalhando as operações de alguma forma. Desde um problema em uma máquina até um trabalho que demora mais do que deveria são gargalos. É possível tentar evitá-los renovando as máquinas, por exemplo, ou procurando soluções que otimizem um trabalho manual, mas antes é preciso saber identificá-los.

Identificando gargalos

Uma das formas de procurar gargalos na sua empresa é reunir as lideranças das principais áreas e propor o seguinte desafio: se o nosso negócio crescesse 10 vezes do dia para a noite, o que nos impediria de acompanhar esse movimento?

A partir daí, diversas questões surgirão automaticamente. Talvez seria necessário contratar mais funcionários, mas então cada um precisaria de um computador, ao mesmo tempo isso acarretaria em falta de espaço para todos trabalharem, e por aí vai. Talvez sua equipe chegue à conclusão de que uma solução seria terceirizar essa área da empresa e focar em outras questões mais urgentes nesse contexto.

Lembre-se que além de precisar ser realizado de forma séria, esse exercício também pede tempo. Então, não espere sair da sala de reuniões com todas as respostas. Dê tempo ao seu time e a você para pensar na maioria das possibilidades que podem surgir e as soluções para elas.

No entanto, caso não seja possível achar soluções para todos os gargalos identificados, é importante entender e admitir que talvez o seu negócio ainda não tenha chegado no momento de escalar.

Como otimizar os seus processos

Cada gargalo identificado na sua empresa não deve ser enxergado como um fracasso, mas como uma oportunidade. A partir deles, o seu negócio ficará mais ágil e funcional e mais perto de poder começar a escalar. Por isso, a parte de otimização de processos é tão relevante: é o momento que você vai pegar todos os gargalos e transformá-los em melhorias.

Virar do avesso

Cada um dos problemas enfrentados pela sua empresa tem uma origem e um porquê. Nessa parte, você vai conduzir uma investigação para entender no detalhe cada um deles e os impactos que eles têm no processo como um todo. Afinal, um gargalo pode puxar outro e, ao resolvê-lo, toda uma cadeia produtiva pode ganhar velocidade mais rápido. Lembre-se que essa análise deve levar em consideração tanto uma visão detalhada como uma mais geral dos problemas, para de fato desvendar onde melhorar.

Além disso, é importante não perder de vista mecanismos ou novidades do mercado que podem tornar os processos mais rápidos. Muitos deles, por exemplo, fazem com que atividades repetitivas sejam automatizadas, podendo gerar redução de erros na cadeia. Essas soluções também podem ser um ótimo aliado para o seu negócio em termos de corte de gastos, economia de tempo e melhor aproveitamento dos funcionários, que podem passar a se dedicar a tarefas mais complexas.

Durante o mapeamento, algumas perguntas devem ser levantadas constantemente para não perder de vista o objetivo final, que é a otimização. Elas são:

  • Quanto tempo esse processo demora no total?
  • Quanto tempo é gasto corrigindo erros ou fazendo um trabalho manualmente?
  • Como fazer esse mesmo processo de uma forma mais efetiva?

Por em prática

Depois de virar do avesso cada um dos gargalos da sua empresa, assim como as oportunidades que cada um oferece, chegou a hora de por em prática as melhorias. Aqui, alguns cuidados devem ser tomados.

Um deles é que se foi identificado mais de um gargalo em uma área ou processo é ideal implementar uma melhoria por vez. Isso faz com que você possa ter certeza que cada mudança foi efetiva e também que cada novo processo seja absorvido pela equipe envolvida. 

O outro é se certificar que todos que influenciam de alguma forma no processo estão alinhados com a novidade e respeitarão as novas regras para fazer dar certo. Se uma única pessoa do processo não seguir o combinado, os resultados podem ser enganosos e atrapalhar no entendimento do quão eficaz foi a otimização.

Por fim, é muito importante manter em mente que cada mudança implementada deve ser acompanhada e, se der sinais precoces de que não está funcionando, é preciso dar um passo atrás e reavaliar a estratégia, começando a implementação do zero. Lembre-se que esse processo deve ser realizado o mais rápido possível, para evitar gastar recursos e tempo da empresa em algo que não está trazendo resultados.

Ficar de olho

Ao contrário do que você possa pensar, a otimização de processos é algo que nunca tem um fim de fato. É preciso estar constantemente de olho no quão efetiva é a sua empresa e se não há novos gargalos ou oportunidades surgindo. Afinal, hoje seu negócio pode utilizar ferramentas eficientes, mas daqui alguns anos elas podem ter se tornado obsoletas. Resultado: seus concorrentes provavelmente ganharão agilidade com novidades do mercado e você pode ficar para trás.

Por isso, sempre fique em busca de gargalos e, uma vez identificados, você já sabe: é só aplicar todo esse processo novamente e o mais rápido possível!

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Como começar a escalar um negócio: definindo a estratégia

Uma vez feita a otimização de processos, chegou a hora de escalar o seu negócio! Por isso, definir o objetivo dessa escalada, assim como o caminho e estratégias para chegar lá são partes vitais para começar essa etapa da forma mais indicada.

Diferente do planejamento estratégico para gestão, que foca o dia a dia do negócio ou no máximo de um futuro próximo, o planejamento para escalar deve considerar um futuro mais distante. Consequentemente, terá estratégias de longo prazo também.

Para começar, o mais indicado é analisar o que você quer para o seu negócio no futuro e também como ele está hoje.

Analise hoje para escalar um negócio amanhã

Para escalar, é preciso ter claro o que você quer para o futuro do negócio. Acredite: por mais que possa parecer simples, as possibilidades são infinitas. Para ajudar, um primeiro passo é definir o tipo de escalada que seguirá.

Tipos de escalada

Talvez você não sabia ou não tinha pensado sobre isso ainda, mas há formas diferentes de escalar um negócio. Assim como há tipos diferentes de empresas, a escalada pode fazer com que o seu empreendimento tome rumos completamente diferentes que o seu concorrente atual mais ferrenho, por exemplo. Por isso, é bom ter certeza do que quer para o futuro dela.

Na escalada horizontal, o objetivo é expandir o negócio focando em dominar um segmento. Ela é uma estratégia mais abrangente, e muitas vezes os negócios passam a trazer mais variedades de produtos para atingir cada vez mais uma parcela maior do público. Um exemplo é a Amazon, que começou focada em venda de livros e hoje é um marketplace onde é possível achar de tudo: desde eletrônicos até filmes.

Já a vertical é o contrário, focando cada vez mais em um público específico. Sua abrangência não é tão grande, porque ela atua em um determinado nicho do mercado. Em compensação, há grandes chances de o negócio virar referência na entrega de um determinado tipo de produto ou serviço.

Outras definições

Decidido o tipo de escalada que você quer para o seu negócio, outras perguntas devem ser feitas para ajudar a definir melhor esse futuro. Algumas delas são:

  • Por que o negócio seguirá esse caminho?
  • Qual valor ele trará para os clientes que não traz hoje?
  • Como a empresa será vista pelos clientes e pelo mercado?
  • Qual será o seu diferencial?

Uma vez definida a ideia de como será a empresa no futuro, é preciso analisar como ela está agora. Afinal, é preciso entender qual o ponto de partida antes de decidir quais as estratégias que ligarão o futuro com o presente.

Hoje: o ponto de partida para escalar um negócio

Como já citamos, o ideal é que o ponto de partida da escalada seja uma empresa que funciona bem e sem gargalos. No entanto, é preciso também analisar todo o cenário da empresa, tanto em termos externos quanto internos. Lembrando que não há espaço para vaidade nessas análises: seja realista quanto ao lugar que o seu negócio ocupa e também em relação às fraquezas dele.

Análise interna: ponha no papel tudo sobre o cenário interno, o que a empresa faz, como são os processos, os pontos fortes do negócio e os pontos fracos também. É importante definir quais os maiores desafios enfrentados pela empresa, assim como as oportunidades de crescimento e como estão os recursos dela.

Análise externa: estude o máximo que puder sobre o mercado, como estão os concorrentes e quais as possíveis tendências que estão emergindo. Mapeie também as oscilações que ocorreram e como o seu negócio reagiu, assim como as que podem ocorrer devido a crises externas. Obviamente há situações inesperadas que ninguém consegue prever, então são só estimativas.

Tendo uma boa noção de todo o cenário da empresa atualmente e onde ela quer chegar, é hora de elaborar o caminho para isso.

Metas: como definir e cuidados

Aqui é a hora de definir os possíveis rumos para levar a sua empresa do estágio atual para o desejado. Nesse ponto, certifique-se que definições acerca do futuro do negócio referente a produtos, propostas de valor, benefícios e serviços já foram tomadas e sejam coerentes entre si. Por exemplo: se você optou por uma escalada vertical, não adianta ter nos planos a elaboração de produtos de outros mercados. 

Tendo isso em mãos, é hora de definir as metas. Como estamos falando de um futuro mais distante, uma das maiores premissas deve ser a flexibilidade das metas e objetivos que forem escolhidos. Isso, porque durante este longo caminho para escalar o negócio elas podem se provar infrutíferas ou outra opção melhor pode aparecer. Dessa forma, será preciso recalibrá-las ou fazer mudanças mais profundas.

Para decidir quais serão as metas utilizadas, é preciso entender quais são os indicadores mais importantes utilizados na gestão da sua empresa hoje. Como dito, eles podem mudar, mas já serão de grande ajuda para traçar ideias de rumos possíveis. Por exemplo, faturamento é um indicador muito utilizado para medir o crescimento do negócio. Onde você quer que ele esteja depois de escalar o seu negócio? Onde ele está agora? Defina os números a partir dessas questões.

Outro fato que você perceberá é que ao definir uma meta ela pode puxar ou provocar a necessidade de criar outras. Afinal, a meta pode ser um faturamento X, mas o que será feito para alcançá-lo? Aumentar a capacidade produtiva? Oferecer mais produtos? Quais serão os custos da empresa para isso? Terá uma meta de redução de custos?

O processo para definir as metas é longo e contínuo, ainda mais quando se fala em escalar um negócio. Ao mesmo tempo em que elas devem apontar um caminho claro a ser seguido, com números bem definidos e estratégias claras, também devem ser constantemente analisadas e reformuladas. Não deixe de sempre reavaliar as estratégias e objetivos traçados para a empresa. Tanto o mercado pode seguir caminhos que você não esperava, como o seu negócio pode fazer uma descoberta e ter uma oportunidade inesperada, mas totalmente fora do planejado.

Lembre-se: escalar um negócio é uma maratona, não um sprint.

Planejamento financeiro para escalar um negócio: saiba como fazer

Se o planejamento financeiro já era importante em passos como abrir e gerir um negócio, para escalar é essencial. Nessa etapa, o crescimento rápido é regra e, para isso, é indispensável uma boa quantia de investimento. Mas é preciso muito planejamento para fazer direito, afinal, se os cálculos não forem realizados da forma correta, a empresa pode ter o seu crescimento prejudicado ou, em casos mais extremos, falir. 

Os primeiros passos para começar o planejamento financeiro da melhor forma é otimizar o seu negócio e definir uma estratégia a ser seguida. A partir deles, chega o momento de calcular no detalhe tudo que envolve a expansão da empresa, desde os investimentos até a evolução do fluxo de caixa e do capital de giro – partes essenciais para um bom equilíbrio financeiro.

Como fazer uma escalada financeira

Antes, é bom ter em mente que seus conhecimentos sobre planejamento financeiro para gestão de negócios será muito útil, mas é preciso ir além. Estamos falando de um crescimento acelerado da empresa e isso afeta diretamente o controle financeiro. Por isso, é importante se preparar de todas as formas possíveis para evitar surpresas ou qualquer tipo de desorganização. Além disso, escalar um negócio exige flexibilidade, pois o prazo para alcançar o seu objetivo é maior e as incertezas também.

O primeiro passo para fazer o planejamento financeiro é, como na definição de uma estratégia, entender como o seu negócio está hoje e qual a expectativa para quando ele escalar. Confira abaixo algumas dicas:

Fluxo de caixa e capital de giro: não dá para ficar sem

Ter um fluxo de caixa organizado é um item básico na gestão de uma empresa e também no momento de avaliar se o negócio está preparado para escalar ou não. Considere que, com o crescimento acelerado, a entrada e saída de capital mudará de patamar, com muito mais transações e volume de dinheiro indo de um lado para o outro.

Para preparar o fluxo de caixa para essa mudança, uma boa opção é procurar formas que facilitem o processo, como ferramentas que automatizem os cálculos e planilhas com uma boa visualização e manuseio. O importante é que a solução otimize a área e faça com que todas as informações referentes ao fluxo de caixa sejam fáceis de achar.

O mesmo vale para outro aspecto muito importante para o planejamento financeiro: o capital de giro. Ele é o dinheiro necessário para manter a empresa até ela receber para arcar com os custos. Quanto mais tempo ela demora para receber, maior deve ser esse valor e vice-versa. Explicando de uma forma simplificada, é como se ele fosse o giro do pedal que mantém uma bicicleta andando, sendo que essa bicicleta é a sua empresa.

Ter um fluxo de caixa saudável, ou seja, com ganhos acima dos gastos e uma boa lucratividade é um sinal verde para escalar. Da mesma forma, o ideal é que o capital de giro seja positivo, caso contrário o seu negócio não se sustenta e, para considerar um crescimento rápido, isso é primordial.

Visão geral e planejamento

Uma vez verificado como está o fluxo de caixa e o capital de giro, é preciso fazer os cálculos e entender, com base nas estratégias traçadas, qual seria o crescimento deles ao longo da escalada. No caso, como estamos falando de um aumento de velocidade na expansão, é muito provável que os gastos fiquem mais altos que os ganhos durante um bom tempo – ou seja, um capital de giro e fluxo de caixa negativos. É aqui que entra o planejamento do investimento que será feito.

Por exemplo, se o planejado for atingir 10 vezes o tamanho atual em 2 anos, qual será o investimento necessário para alcançar esse valor e, mais importante, qual será o retorno desse dinheiro e em quanto tempo? Essas perguntas são fundamentais, pois é preciso ter uma previsão de quando os ganhos do negócio alcançarão os gastos novamente e a empresa voltará a lucrar.

Nessa investigação, outras questões devem entrar também, como:

  • No que é mais importante de investir de acordo com o momento e a estratégia do negócio?
  • A precificação dos produtos precisa ser refeita?
  • Onde é possível cortar gastos?

Investimentos e empréstimos

Com base nos investimentos definidos no passo anterior, é hora de avaliar se a empresa tem esse dinheiro sobrando em uma reserva ou se é mais indicado pegar um empréstimo. Lembrando que empréstimos podem ser grandes aliados do seu negócio se contratados com antecedência e planejamento.

Em qualquer uma das opções é preciso tomar cuidado. Ao optar por contratar um empréstimo, é preciso calcular no detalhe todos os juros e parcelas e adicioná-las ao planejamento financeiro para a escalada. Isso é muito importante, pois é muito comum empreendedores esquecerem de contabilizar os juros e parcelas dos empréstimos e depois a conta não fecha.

Ao mesmo tempo, se houver dinheiro na reserva e você optar por ele ao invés de um empréstimo, é bom que ainda sobre uma boa quantia para cobrir eventuais crises e imprevistos. Afinal, o valor que será utilizado é para focar 100% na escalada da empresa e não para emergências. Também, contratar um empréstimo com planejamento e calma é muito mais barato do que na urgência e, dependendo da situação, isso pode prejudicar muito o seu planejamento financeiro.

Reavalie de tempos em tempos

Nenhuma decisão que você tomar ao começar a escalar o seu negócio deverá ser definitiva. É preciso, como sempre, ser flexível e criar o costume de reavaliar os seus planos de tempos em tempos. Imprevistos acontecem e pode ser que determinada estratégia não funcione e seja preciso alterá-la, causando mais custos para a empresa, ou que uma crise inesperada abale o mercado e os investimentos demorem para dar resultado. 

Sejam quais forem os cenários que a sua empresa for enfrentar, é bom ficar atento e refazer os cálculos sempre que possível. Assim, é possível prever se será preciso contratar um empréstimo com antecedência – e muitas possibilidades de negociação – do que na pressa e com valores abusivos.

Descentralização: como delegar tarefas para escalar um negócio

Uma das partes mais difíceis na expansão de um negócio é delegar responsabilidades para cada vez mais pessoas – inclusive grandes partes da empresa. Apesar de ser um desafio, é impossível escalar um negócio sem essa etapa. Portanto, é bom enxergar pelo lado positivo, que é bem vasto por sinal.

Delegar responsabilidades é enriquecedor para uma empresa, pois soma diversos pontos de vista, o que pode gerar soluções inovadoras e rumos muito melhores para os negócios. Além disso, descentralizar as responsabilidades faz com que o empreendedor consiga focar nas questões mais importantes, como próximos objetivos e estratégias, ao invés de se preocupar com um problema mínimo que aconteceu em uma filial ou em uma área da empresa.

De fato, escalar requer entregar uma parte do negócio nas mãos de terceiros… mas quem empreende faz isso desde o começo. Cada contratação é um tipo de descentralização e delegação que acontece. As escalas podem ser diferentes – ao invés de cuidar das redes sociais da empresa, a pessoa pode cuidar de toda a comunicação, por exemplo. No entanto, nesse estágio do negócio o empreendedor já desenvolveu habilidades de gestão de equipe e aprendeu com erros passados para saber lidar com esse desafio de uma forma mais experiente.

Para o processo de descentralização ocorrer da melhor forma possível, seguem algumas dicas:

Confie em quem está no comando

Não há nada pior do que ter um chefe que não confia na qualidade do seu trabalho, certo? Por isso, não adianta contratar alguém ou promover um funcionário que você não confia plenamente para realizar um trabalho de grande responsabilidade e impacto na empresa. Seja exigente na escolha dos profissionais, fique de olho nas tarefas deles e também os provoque a entregarem sempre o melhor – mas não seja o entrave para eles realizarem o próprio trabalho. Essa pode ser a receita para o desastre, ou pelo menos para a perda de talentos.

Saiba o que pedir e como

Ordens indefinidas resultam em trabalhos desastrosos. Quando for delegar algo para alguém, é imprescindível dar todos os detalhes possíveis: objetivo do trabalho, público que será atendido, como deve ser o resultado final, as datas de entrega, e por aí vai. Quanto mais detalhado, maiores as chances de receber o que você pediu. Do contrário, a falta de comunicação resultará em um desperdício de tempo, dinheiro e muitas vezes desgaste da equipe, o que pode resultar em problemas de gestão de pessoas.

Um ponto importante: nas horas de delegar tarefas, não seja unilateral. Abra as suas expectativas e ideias e esteja pronto para receber feedback dos colaboradores. Como eles estão mais próximos do trabalho, poderão ter insights valiosos que podem trazer mais resultado para a empresa.

Definir recursos e limites

Para atingir um determinado objetivo, o colaborador poderá investir mais ou menos verba no projeto. No entanto, como citado no tópico anterior, é muito importante delimitar um orçamento para cada tarefa. A partir dele, as equipes poderão ter mais liberdade de arriscar em uma estratégia ou tentar inovar usando ferramentas de baixo custo de uma nova forma.

Aqui também é importante ter a opinião dos colaboradores para calcular esse orçamento, uma vez que a estratégia que eles traçaram para alcançar os objetivos podem ter valores variados. Além desse investimento precisar entrar no planejamento financeiro para entender se a empresa consegue arcar com ele, é de extrema importância que todo dinheiro usado tenha um propósito muito claro e não seja desperdiçado.

Faça a gestão da liderança

Uma vez distribuídas as tarefas para os líderes que você confia, é hora de deixá-los fazerem o trabalho deles. Para esse acompanhamento, o ideal é definir checkpoints ou reuniões de follow up. Nelas, é importante que eles contem como andam as tarefas, como estão os resultados até então, se houve problemas, quais foram eles e aí em diante. Aqui é preciso cobrar, questionar, e provocar seus colaboradores a não ficarem acomodados, incentivando-os a buscar resultados relevantes para o negócio.

Cuidados 

Não se engane: descentralizar o negócio é, de certa forma, fazer uma gestão de equipe mas em uma escala muito maior. Por isso, é preciso tomar alguns cuidados para essa etapa ser realizada sem problemas.

Tipos de confiança

Já foi citada a necessidade de confiar nos colaboradores do negócio, mas é interessante saber que existem tipos de confiança. Um deles é confiar na integridade de uma pessoa, se ela é ética e correta, por exemplo. Esse é o tipo mais essencial, pois não faz sentido ter como funcionário uma pessoa que você não acha que tem caráter e que não confiaria com informações do negócio. É claro que não é possível ter certeza que você não será enganado um dia, mas para tentar evitar isso, cerque-se de profissionais que considera éticos.

Outro tipo de confiança envolve mais um senso de responsabilidade. Por exemplo, você pode ter um funcionário excelente, correto e que entrega um trabalho sensacional, mas nunca no prazo estipulado. Logo, não existe a confiança nele em relação à responsabilidade ou capacidade de seguir as demandas. No caso, não necessariamente você precisa demitir esse funcionário, mas talvez colocá-lo em áreas com demandas que funcionem melhor para o ritmo dele ou dar um feedback. De qualquer forma, acaba sendo alguém que dificilmente é indicado a preencher um cargo de liderança ou com muita responsabilidade, uma vez que para isso é preciso confiar 100% no colaborador.

Saiba a diferença entre delegar e abandonar

Uma coisa é delegar responsabilidades para os colaboradores, outra é abandoná-los. Talvez uma das partes mais difíceis da gestão de pessoas é saber esse limite e exatamente por isso é importante ficar atento. Não deixe de fazer reuniões periódicas, de cobrar e questionar seus funcionários, mas confie na capacidade deles de criar estratégias e de fazer o próprio trabalho. Também, não se prive de fazer sugestões, mas cuidado para elas não soarem como uma ordem.

Tudo a seu tempo

Descentralizar o poder é difícil e não será algo que você dominará do dia para a noite, por isso encare tudo como aprendizado e busque melhorar constantemente. Peça feedbacks sinceros para outros colaboradores e escute o que eles têm a dizer, você pode se surpreender.

Networking: como fazer para ajudar a escalar um negócio

Muito se fala sobre fazer network, mas pouco sobre como se faz. E mais importante: o que não se deve fazer. Se o termo é novidade para você, saiba que fazer network é equivalente a fazer uma rede de contatos e relacionamentos. Quando falamos de networking para negócios, trata-se de se aproximar das pessoas certas como uma forma de aprender com elas e também de abrir oportunidades futuras para o seu negócio.

É bom deixar claro que os relacionamentos criados para network são contatos profissionais e não amizades para a vida – o que não impede que eles se tornem isso, mas até lá levará tempo. Por isso, é essencial que esse relacionamento seja uma via de mão dupla: tanto ele seja de alguma ajuda para você, quanto você também seja para ele. 

As vantagens do networking

Ter uma boa rede de contatos pode trazer inúmeras vantagens para um empreendedor e seu negócio. Uma delas é o aprendizado, uma vez que trocando experiências e informações com outros profissionais e especialistas do mercado é possível evitar erros que eles podem ter cometido ao longo das suas trajetórias. Outra é a abertura de um mundo de possibilidades: com os contatos certos, pode ser mais fácil conseguir investimentos e fazer parcerias.

Em poucas palavras, com bons contatos o seu negócio cresce mais rápido. Mas é preciso entender que nem todos os relacionamentos são vantajosos e alguns podem ser prejudiciais e uma perda de tempo para a sua empresa. Por isso, antes de mergulhar de cabeça no networking, é importante definir o que exatamente você quer.

Primeiro passo do networking: entender o que quer

Apesar de algumas pessoas acharem que fazer network é só sair conversando por aí, a atividade na realidade demanda muita estratégia. Antes de se preocupar em gastar ou não tempo com contatos que não são úteis, primeiro é preciso saber o que quer desses relacionamentos.

Pode ser que você precise de contatos que sejam especialistas em marketing, para ter dicas de como desenvolver melhor essa área na sua empresa. Ou que procure por empreendedores que já escalaram o próprio negócio e possam compartilhar os aprendizados da jornada. Talvez o seu negócio precise de investimento e um investidor ou contato da área cairia como uma luva. Basicamente, existem inúmeras possibilidades, mas é preciso definir as suas necessidades de acordo com as estratégias definidas pela sua empresa e priorizá-las antes de fazer contato com quem interessar.

Uma vez decidido, não espere o contato cair do céu: é hora de partir para o ataque.

Segundo passo do networking: fazer contatos

Hoje em dia, fazer contatos é muito mais fácil do que antigamente. Além de existir a possibilidade de fazê-los pessoalmente, é possível fazer contato pelas redes sociais, que podem ser grandes aliadas nesse momento. Antes de começar, no entanto, saiba que menos é mais e saber selecionar um bom network é uma lição importante.

Como selecionar bons contatos de networking (e ser um)

Criar relacionamentos com outras pessoas é algo que demanda tempo e dedicação. Nesse cenário, a pior coisa que você pode fazer é focar em contatos ruins – pessoas que não acrescentam, limitando-se a absorver o seu conhecimento sem dar algo em troca, ou até profissionais que sejam mal vistos no mercado por alguma questão.

Ao mesmo tempo, ter muitos contatos faz com que você não consiga se dedicar igualmente a todos eles. Por isso, é bom selecionar os que são mais enriquecedores, ou seja, profissionais que tenham objetivos semelhantes, com influência e conhecimento do mercado e os quais você também consiga ajudar com a sua expertise.

Falando no que você pode oferecer, essa também é uma parte relevante do network, afinal é a sua moeda de troca. Toda experiência profissional é válida, então não descarte todos aprendizados que teve até agora, tanto como empreendedor como antes mesmo disso. Além disso, ser uma pessoa antenada, ligada em tendências e que está sempre estudando o mercado, assim como fazendo cursos, também é alguém com muito para oferecer.

Como fazer contato

A internet ajuda e muito no processo de criar um network, mas a questão é: apesar de ser importante ir atrás de quem importa, não adianta ir com muita sede ao pote. Em outras palavras, comece devagar e pelas pessoas que já conhece, trocando ideia sobre o que elas acham do seu negócio e dos próximos passos que pretende dar, por exemplo. Além de aproveitar o feedback, saiba que elas também são porta de entrada para uma rede nova, que pode ser muito valiosa.

Afinal, se você sabe que um dos seus conhecidos, desde ex-colegas de trabalho a ex-chefes, têm um contato que lhe interessa, é muito mais fácil aproximar-se dele, e pedir se ele poderia apresentá-lo do que chegar diretamente na pessoa sem referência nenhuma. É importante entender que independente de ter focado nisso ou não, você já tem uma rede, mas é preciso trabalhá-la e selecionar quem realmente importa.

Lembre-se que fazer network é uma estratégia para escalar seu negócio e é um tipo de trabalho que deve ser levado a sério. Por isso, dedique-se: esteja presente nas redes sociais, interaja com contatos interessantes curtindo e comentando suas postagens e também participando de grupos de profissionais de áreas que lhe interessem.

Terceiro passo do networking: ir além

Para chegar ao terceiro passo, será preciso investir uma boa parte do seu tempo criando esses relacionamentos. É muito possível que até aqui o seu negócio já tenha se beneficiado diretamente da sua troca e aprendizado com outros profissionais, mas essa vantagem pode ser ainda maior.

Um dos objetivos muito comuns do network é fazer contatos para parcerias entre empresas. As vantagens disso podem ser inúmeras: escalar o seu negócio, alcançar um novo mercado e público, inovar com produtos diferentes do usual, entre outros. Assim como o network em si, as parcerias precisam ser interessantes para os dois negócios.

Por isso, se você perceber que a sua empresa tem uma grande sinergia com outra de um dos seus contatos, avalie as possibilidades de firmar uma parceria com ele e o que cada um dos lados ganharia com isso. Depois, é só propor e ver o que ele acha.

Sobre escalabilidade

Escalar um negócio não é um processo simples, até porque cada vez mais o empreendedor deve contar com outros profissionais – seja na expansão do negócio como no network. É preciso confiar nos outros, mas também em si mesmo como tomador de decisões e líder.

Além disso, pequenos erros que ao abrir uma empresa poderiam ser consertados facilmente, começam a ameaçar uma estrutura cada vez mais robusta e lenta, devido aos muitos processos envolvidos. Isso é um bom sinal: o negócio está prosperando, mas é preciso atenção e muita organização. Uma forma de fazer isso é usando o digital a favor do seu negócio, o próximo passo na jornada do empreendimento.

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